quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Lixo do Trauma vira artesanato.

Hospital realiza trabalho de coleta seletiva e destina cerca de 220 quilos de material reciclável para catadoras de Cooperativa do bairro do Mutirão.

Um projeto pioneiro na Paraíba é realizado há um ano e quatro meses no Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, através do processo de coleta seletiva e transformação do lixo em artesanato. No local são produzidos diariamente cerca de 1.250 quilos de resíduos, sendo que 220 passam pelas mãos das catadoras da Cooperativa de Resíduos Vítreos do bairro Mutirão, que antes recolhiam entulhos no antigo lixão da cidade.
Segundo uma das coordenadoras do projeto Gerenciamento de Resíduos Sólidos do hospital, Iracema Sobreira, a coleta começa dentro da unidade de saúde, através das caixas coletoras de resíduos em papel, metais, orgânicos e vidros. “Existem sete conjuntos dessas caixas espalhadas pelo hospital. Por incrível que pareça, os acompanhantes dos pacientes reciclam mais do que os próprios funcionários”, disse.
Diariamente são produzidos cerca de 800 quilos de lixo comum, 250 kg de lixo hospitalar, 120 kg de resíduos como papel e papelão e 100 kg de resíduos em plástico. “O material que pode ser reciclado é recolhido diariamente pelas catadoras, que o transforma em artesanato. São muitas ideias bacanas, através da utilização de vários materiais”, contou. O hospital possui uma área específica, onde o lixo recolhido passa por uma triagem, quando dois funcionários distribuem em departamentos separados os resíduos recicláveis, comum e infectado.
O trabalho começa cedo, às 7h, e só para depois de 12 horas de serviço. De lá, o material comum é recolhido pelo sistema de limpeza público do Município e o recolhimento do material infectado, através de um processo específico, é realizado por uma empresa terceirizada. A iniciativa criou o primeiro fórum sobre Utilização de Resíduos de Serviços de Saúde como Mecanismo de Inclusão Social e Sustentabilidade, que será iniciado às 8h de hoje e só terminará por volta das 18h, no auditório do hospital. Um dos assuntos abordados será a Infecção Hospitalar Relacionada ao Descarte de Resíduos de Serviços de Saúde.
Fonte: JP

António Góis

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