sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Funcionários dos Correios encerram paralisação.

Servidores dos Correios aceitaram proposta de reajuste e retomam so trabalhos nesta sexta-feira (28). 

Os servidores da Empresa de Correios e Telégrafo (ECT) na Paraíba se reuniram no final da tarde de ontem e optaram pelo fim da greve, que durou nove dias, voltando ao trabalho hoje. A decisão foi tomada depois do julgamento do dissídio coletivo, realizado em Brasília, e da determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de que os funcionários dos Correios de todo o país retornassem ao trabalho na manhã de hoje.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB), Emanuel de Sousa, de um total de 1.570 funcionários, 50% dos trabalhadores tinham aderido à greve na Paraíba. Com a paralisação que atingiu as agências e Centrais de Distribuição de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, segundo o sindicato, o órgão deixou de entregar em média 350 mil objetos por dia, já que a greve atingia principalmente os carteiros.
A proposta de reajuste dos Correios foi de 5,2%, mas a ministra Kátia Arruda, relatora do processo de dissídio ajuizado pela empresa no TST, decidiu, em comum acordo com os demais ministros, que os servidores terão um aumento de 6,5% retroativo a agosto, alegando que o aumento percentual será para preservar minimamente o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Como justificativa para um reajuste maior do que o proposto pela empresa, o presidente do TST, João Oreste Dalazen, ressaltou que os empregados dos Correios têm um dos salários mais baixos entre todas as empresas públicas federais. “Há uma falta de atrativos na carreira que não podemos perpetuar”, ressaltou.
OUTRAS GREVES
O movimento grevista dos servidores da Polícia Federal completa 53 dias hoje e, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Paraíba (Sinpef-PB), José Tércio Fagundes Caldas, a categoria continua em greve por tempo indeterminado.

Ele afirmou que no último dia 21, o Supremo Tribunal Judicial (STJ) deliberou pela legalidade da greve, no entanto, a decisão preliminar impõe um novo número percentual para a prestação de serviços. “Antes nossos serviços contavam com 30% do efetivo, após a decisão do STJ, nos reunimos com a administração da superintendência que determinou que 100% do efetivo fique à disposição exclusivamente para situações eleitorais”, destacou, acrescentando que, após as eleições, o percentual de serviços voltará a diminuir, oscilando entre 30% e 70%
Outra categoria que ameaça uma nova greve são os professores e servidores da rede municipal de ensino da cidade de Santa Rita, na Zona Metropolitana de João Pessoa, que voltaram às aulas em julho, após greve que durou 4 meses. Como forma de chamar a atenção das autoridades, hoje os servidores dão continuidade à paralisação de advertência, iniciada ontem.

Por causa da greve anterior, o calendário letivo foi alterado para ser concluído em 28 de fevereiro de 2013, incluindo a realização de aulas aos sábados.
Fonte: JP

António Góis

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