quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Guerra civil do crime mata 11,8 mil na Paraíba.

Conforme a Seds, houve redução de 7,89% no número de assassinatos.

As estatísticas da violência na Paraíba se assemelham a números de uma guerra civil. Segundo balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança e Defesa Social (Seds), em um período de 12 anos, 11.855 pessoas foram assassinadas no Estado. Os crimes têm assustado e modificado os hábitos dos moradores de João Pessoa e somente na noite da última terça-feira, três pessoas foram assassinadas na Região Metropolitana.
Para conter a violência, o governador Ricardo Coutinho determinou celeridade no processo de instalação das Unidades de Polícia Solidária (UPS), aumento no número de armas de fogo apreendidas, além de maior visibilidade da polícia nas ruas da capital. Conforme o governador, as cidades de Mari, Santa Rita, Itaporanga, Princesa Isabel e João Pessoa ainda são consideradas as mais críticas em relação à segurança pública.
A análise qualificada dos homicídios já apresentou resultado positivo e o Estado tem avançado na repressão e prevenção aos homicídios. Conforme a Seds, houve uma redução de 7,89% no número de assassinatos registrados de janeiro a agosto de 2012, quando comparados ao mesmo período do ano passado. Foram 1.016 homicídios em 2012 e 1.103 em 2011.
O mês de agosto foi considerado o mais satisfatório, com redução de 29% dos crimes de homicídios em comparação com agosto de 2011. O governador destacou a importância de recuperar a sensação de segurança na população e para isso determinou que o policiamento seja intensificado, sobretudo nos bairros.
“Recuperar o sentimento de tranquilidade é fundamental. Para isso teremos a presença permanente da polícia na Integração, para gerar tranquilidade e confiança no local, e também nas praças e nos bairros. Precisamos proteger todos os locais”, frisou o governador Ricardo Coutinho.
Apesar do número de armas apreendidas ter apresentado aumento de 43%, o governador cobrou maior empenho para desarmar, sobretudo, as comunidades mais carentes. “Há um aumento extremamente positivo na apreensão de arma e esse ano aumentamos 43%. Apesar de todo esse aumento, nós ainda temos muitas armas circulando no estado, porque grande parcela da população está armada e isso é muito ruim para a segurança, mas as polícias estão trabalhando”, destacou o governador.
Na reunião de monitoramento dos gestores da Segurança do Estado realizada ontem no Palácio da Redenção, foram analisados os dados relacionados aos crimes ocorridos no Estado e traçadas metas para manutenção de resultados positivos.
“O ideal é que a gente consiga reduzir ao máximo possível os crimes no estado. O caminho certo é esse, com trabalho continuado e integração entre as polícias. Ano passado já conseguimos quebrar a curva de crescimento da violência, e nossa perspectiva é que no ano de 2012 haja uma queda no número de homicídios, que seria a primeira em 10 anos”, concluiu Ricardo Coutinho.

Fonte: JP

António Góis

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