quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Dobra o número de empregos nos pequenos negócios paraibanos.

O bom desempenho das micro e pequenas empresas no período analisado confirmou sua importância para o equilíbrio da economia estadual.

Os pequenos negócios, aqueles que faturam até R$3,6 milhões por ano, foram responsáveis pela geração de 82,2 mil novos empregos com carteira assinada, entre os anos 2000 e 2011, na Paraíba. Nesse período o total de empregos nessas empresas cresceu 106%, passando de 77,7 mil para 160,5 mil. Desta forma, as micro e pequenas empresas consolidam-se como os principais empregadores da economia formal, representando 56,8% da mão de obra empregada do Estado.

Os dados são do Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgados nesta terça (26). No país, os pequenos negócios são responsáveis por 52% da mão de obra empregada e, no mesmo período, foram criados 7 milhões de novos empregos com carteira assinada.

O bom desempenho das micro e pequenas empresas no período analisado confirmou sua importância para o equilíbrio da economia estadual. Em 2011, na Paraíba, os pequenos negócios foram responsáveis por 99,2% dos estabelecimentos, 56,8% dos empregos privados não agrícolas formais e por 49,7% da massa de salários. O crescimento na oferta de trabalho trouxe ainda um efeito positivo nos salários pagos pelos pequenos negócios. No período, a remuneração real (descontada a inflação) dos empregados das MPEs cresceu 30%, passando de R$629, no ano 2000, para R$ 822, em 2011. Este resultado foi superior tanto ao crescimento da renda média real de todos os trabalhadores do mercado formal, quanto daqueles alocados nas médias e grandes empresas (aumento de 21%).  

Número de empresas cresce quase 60% e comércio é principal atividade

 

                 No período de 2000 a 2011, as micro e pequenas empresas do Estado superaram a faixa dos 66 mil estabelecimentos. Nesse período, o número cresceu 59,6%, passando de 41,6 mil empresas em 2000, para 66,4 mil em 2011. Portanto, no período, houve uma criação de aproximadamente 24,8 mil novos estabelecimentos.Em relação aos setores de atividade, o comércio manteve-se com o maior número na Paraíba, representando mais da metade do total. No entanto, a participação relativa do comércio caiu de 64,1% em 2000 para 61% em 2011. Nesse ano, havia 40,5 mil de micro e pequenas no comércio paraibano.Já o setor de Serviços, não apenas se manteve como o segundo mais expressivo em números, como teve sua participação elevada. Em 2000, representavam 20,3% do total. Em 2011, passaram para 23%, com 15,3 mil empresas.A indústria apresentou leve queda na sua participação relativa, saindo de 10% do total em 2000, para 9,2%, em 2011, com 6,1 mil MPEs na Paraíba. No sentido inverso, o setor da construção civil apresentou crescimento. Sua participação relativa subiu de 5,5% em 2000, para 6,8% em 2011. Neste ano, a Paraíba tinha 4,5 mil empresas desse setor.  

A pesquisa

O Anuário do Trabalho tem base em diferentes fontes de informação. O objetivo é reunir um conjunto de dados sobre o perfil e a dinâmica do segmento dos pequenos negócios. A pesquisa utiliza informações da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade.
Fonte: Pbagora

António Góis

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